Written by Marco Aurélio Campos
Intro: E7 A E7 A E7 Num cansaço de antigos caminhos A Légua e pico da velha cidade, E7 Vejo os restos da Vila Carinho, A Junto ao rancho da minha saudade. E7 Pra este rancho da idade do pago, A Velha feira de sonhos perdidos, E7 Uma gaita e um pinho, a lo largo A Me cincharam pra lá pelo ouvido E7 Bem silhão mal quinchado, no entanto A Emotivo resmunga cantigas E7 Pela mão guitarreira de um pranto A que rebrota de angústias antigas. E7 De afinada a garganta um cantor A É o sabiá mais terrunho da pampa E7 Que, pajando em seus versos de amor, A Organiza algum sonho e se acampa. E7 Machucadas, as taipas espiam A Impassíveis o tempo fiando E7 Outras vidas, que já se desfiam A Sem querer nesse eterno ficando. E7 Há um pedaço de espelho oitavado A Simulando pedaços de vida, E7 que representa pra algum mal-domado A relembranças de há muito dormidas. E7 Entreverado com poeira e fumaça, A Com cordeona, guitarra e cantor, E7 Ele agarra a primeira que passa A E lhe faz mil promessas de amor. E7 Quer casar e procura na vida A Quem saindo se esqueça dali, E7 Dando à vida trigueira mais linda A Pra povoar um chacrão de guri. E7 Provocada a saudade rebrota A E as "bonecras" de azul - eu me lembro - E7 Retornando ao meu tempo, um setembro A De guri copador e mutuca, A7 D Pós-graduado naquela arapuca E7 Que ensinou-me a viver sem bravatas D A E a gritar sarandeando alpargatas. E7 A - Sou crioulo da Tia Maruca. -