Golpe de Mestre

	  		Intro: (B7 E)Bis 
 
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Zezinho não tinha nem pai e nem mãe, rolando pro mundo vivia judiado. 
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Mariazinha, menina rica, e o pobre Zezinho era seu empregado. 
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Mas o destino preparou pros dois, porque um do outro ficô enamorado. 
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Maria dizia, Zezinho, eu te amo, serei sempre tua, meu anjo adorado. 
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Aos pés de Maria dizia o Zezinho, sou muito pouquinho pra ser teu amado. 
 
 
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O pai de Maria, um sujeito malvado, cismou de dar fim no amor das crianças. 
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Pegô num chicote de tala bem larga, falô pro Zezinho: no coro tu danças. 
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A minha filha é menina rica, está nas alturas, você não alcança. 
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Moleque atrevido, cachorro sem dono, pegue teus trapos e faça mudança. 
          A                E                B7                 E 
Zezinho recebe um golpe profundo, e some no mundo cheio de esperança. 
 
 
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Antes da partida, Zezinho escondido, procurou Maria e falou deste jeito. 
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Existe um bom Deus, que está nas alturas, ele é bom demais, faz tudo perfeito. 
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Sou caboclinho, de sangue nas veias, enfrento lança e quebro no peito. 
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Querida Maria, você vai ser minha, de agora em diante, meu plano está feito. 
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Se um dia obrigarem você se casar, no altar estarei pra ser tudo desfeito. 
 
 
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Passaram dez anos, correram depressa, Maria solteira, Zezinho solteiro. 
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O pai de Maria, um sujeito ambicioso, arrumou pra filha, por ser interesseiro. 
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Um velho careca, feio e barrigudo, mas dono do mundo, com muito dinheiro. 
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Pobre Maria, detestava o velho, queria Zezinho, seu amor primeiro. 
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Mas o casamento já estava marcado, prá ser realizado no mês de janeiro. 
 
 
 
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Chegou o grande dia do casamento, Maria de branco estava divina. 
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Bastante capangas e guardas armados, cercava a igreja, guardava a menina. 
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Zezinho amoitado, esperava no altar, fugiu com Maria e sumiu na surdina. 
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O Zezinho deu um golpe de mestre, só mesmo eu contando, ninguém imagina. 
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Lá na igreja ninguém desconfiava, que o Zezinho estava dentro da batina.