Soneto (a Frederico Nietzsche)

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Para que nesta vida o espírito esfalfaste 
   G9                     D 
Em vãs meditações, homem meditabundo! 
     D                   E9 
— Escalpelaste todo o cadáver do mundo 
       G9           D               D           E9 
E, por fim, nada achaste... e, por fim, nada achaste! 
       G9           D 
E, por fim, nada achaste 

D                        E9 
A loucura destruiu tudo que arquitetaste 
    G9                  D 
E a Alemanha tremeu ao teu gemido fundo! 
 D                           E9 
De que te serviu, pois, estudares, profundo 
   G9                                         D 
O homem e a lesma e a rocha e a pedra e o carvalho e a haste! 
   D                                          E9 
O homem e a lesma e a rocha e a pedra e o carvalho e a haste! 
   G9                                         D 
O homem e a lesma e a rocha e a pedra e o carvalho e a haste! 

 G9              A9       C9        G9 
Pois, para penetrar o mistério das lousas 
G9                A9 C9                G9 
Foi-te mister sondar a substância das cousas 
D              E9            G9        D 
— Construíste de ilusões um mundo diferente 
D              E9            G9        D 
— Construíste de ilusões um mundo diferente 

G9             A9      C9            G9 
Desconheceste Deus no vidro do astrolábio 
G9                 A9 C9            G9 
E quando a Ciência vã te proclamava sábio 
D             E9      G9          D 
A tua construção quebrou-se de repente! 
D             E9      G9          D 
A tua construção quebrou-se de repente! 

        D           E9 
E, por fim, nada achaste! 
       G9           D 
E, por fim, nada achaste 
        D           E9 
E, por fim, nada achaste! 
       G9           D 
E, por fim, nada achaste 

Final D  E9  G9  D