Rio Grande Loucos de Lisboa G C Parava no café quando eu lá estava G D Na voz tinha o talento dos pedintes G C Entre um cigarro e outro lá cravava a bica D C G Ao melhor dos seus ouvintes. As mãos e o olhar da mesma cor Cinzernta como a roupa que trazia Num gesto que podia ser de amor sorria E ao partir agradeciaUm dia numa sala do Quarteto Passou um filme lá do hospital Onde o esquecido filmado no ghetto entrava Como artista principal Comprámos a entrada para a sessão Para ver tal personagem no ecrã O rosto maltratado era a razão de ele não Aparecer pela manhã .... Mudámos muita vez de calendário Como o café mudou de freguesia Deixamos de tributo a quem lá para o louco A fazer –lhe companhia. É sempre a mesma pose o mesmo olhar A quem não mede os dias que vagueiam Sentado lá continua a cravar beijinhos Às meninas que passeiam ....C G São os loucos de Lisboa que nos fazem duvidar C D G Que a Terra gira ao contrário e os rios nascem no mar
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