Written by Leo Canhoto
(Intro) A E7 A A G A A G A A Eu vim de longe, de onde a chuva é coisa rara... E7 Onde a gente sofre e cala, dia e noite sem parar... Bm Eu sou de um povo que não deixa pra depois... E7 D E7 A Sou de onde agarra o boi a unha no carrascal E7 Não tive escola não escrevo sou grosseiro... A7 D Mas porém sou brasileiro deste céu azul de anil... E7 D Durmo em baixeiro estendido no pedregulho... E7 A A G A Mesmo assim eu me orgulho de ser filho do Brasil!!! (Intro) A Perdi meus pais, cresci no mundo sozinho... E7 Andei por muitos caminhos, sempre escolhendo o melhor... Bm Passando fome fui vivendo e aprendendo... E7 D E7 A Devagar fui compreendendo que a verdade é uma só... E7 Topei com a onça certo dia na cancela; A7 D Perseguindo uma vitela, cuja mãe tinha morrido... E7 A Só sei dizer que a nossa luta foi tão feia: E7 A A G A Sangue que manchou areia foi do animal vencido... (Intro) A Como a serpente que ninguém chegava perto... E7 Na tocaia do deserto quatro homens fui topar... Bm Quatro sujeito, quatro cabras indecentes... E7 D E7 A Tombaram na areia quente sem ter tempo pra rezar... E7 Segui um rastro de um sujeito macumbeiro... A7 D Que tinha dez cangaceiros mais veloz do que um puma... E7 A Cruzei fronteiras sem temer nenhum fracasso... E7 A Na justiça do meus braços desordeiro não se apruma! A Você seu moço, que só vive na cidade... A G A Não conhece a verdade que se passa no sertão... D Aonde o homem... A Faz a lei na pura bala... E7 A A G A Onde a gente nem não fala, pra não perder a razão... Fui cara a cara , peito a peito, frente a frente... A7 D Vi tombar um inocente... E A A G A Nas garras de um valentão... D A Brigaram tanto por causa do ordenado... E7 A A G A Um deles era o empregado e o outro era o patrão... A Quem fere a ferro, com ele vai ser ferido... A7 D Por Deus nada é esquecido, Liberdade, Paz e Amor... E7 A Só a justiça vence no juízo final... E7 Quando tudo for parar: D E7 A Na balança do Senhor!!!