Simples E Absurdo

	  		Eb Ebm7M Eb Ebm7M  
     

Eb      Ebm7M     Eb    Bb/D    Ab/C  
O olho claro no cabelo cor da noite, 
Bb6                Em        Ebº             Em(13) D  
Riso branco feito açoite no olhar da paranóia. 
Eb      Ebm7M            Eb      Bb/D Ab/C  
Aqui é cúmplice o que é simples e absurdo: 
Bb6             Eb6        D4/7(b9)    Gm/Bb  
Esmeralda no veludo, onça negra com jibóia. 
Eb       Ebm7M      Eb          Bb/D Ab/C  
O que é quente se reúne ao que é gelado: 
Bb6              Em         Ebº            Em(13) D  
Dois vagalume agarrado na casaca do pingüim. 
Eb         Ebm7M     Eb         Bb/D Ab/C  
O que é sagrado vaticina o que é pecado: 
Bb6                Eb6       D4/7(b9)    Gm/Bb  
Dois louva-deus afogado em piscina de nanquim. 
G  
 De que se ri Diacuí? 
Farsante finge um piti: 
                                                C  
Gelo picado desmanchando dentro de um daiquiri... 
                                  D7  
Noturna sanguessuga suga o meu sossego pra si 
           Am            Bm         Am        G  
Feito o morcego enxuga o suco-seiva do sapoti.  
Quem vê a corça que há em ti 
Não pressente o javali 
                                                 C  
Que espreita a vítima na íntima clareira ao luar.  
                                  D7  
Quem olha a jovem encantada tão bonita dançar 
              Am         Bm         Am         G  
Não vê que a louca desgrenhada premedita matar.  
Eb           Ebm7M        Eb    Bb/D    Ab/C  
 Ai, prenda minha, verde-preta que me abate, 
Bb6             Em         Ebº               Em(13) D  
Andorinha no abacate, luto sobre o beija-flor... 
Eb       Ebm7M        Eb   Bb/D Ab/C  
Salve Rainha, chega dessa ladainha, 
Bb6                   Eb6       D4/7(b9)      G  
Que o amor que tu me tinha era pouco e se acabou.