Cerne De Aroeira

	  		
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Na navalha do destino... vim rastejando no corte 
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Eu vim trazendo coragem, esperança e sangue forte 
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A minha pobre bagagem eu mesmo fiz o transporte 

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Para entrar na batalha 
Saí da minha trincheira 
Com pingos do meu suor fui apagando a poeira 
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Com fibra e resistência, igual cerne de aroeira 
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Eu sempre segui avante, atravessando barreira 
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E no mastro da vitória hasteei minha bandeira 

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Chorei muito no passado 
Para sorrir no presente 
Estou colhendo o fruto onde plantei a semente 
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A minha mão calejada é minha grande patente 
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E tudo que hoje tenho, agradeço a Deus somente 
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Porque na luta da vida eu venci honestamente 

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Gente que me vê na sobra 
Tem inveja do que sou 
Mas não sabe que o sol muitas vezes me queimou 
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Nos caminhos que passei, muita gente não passou 
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Nas lutas que eu venci, eu vi gente que tombou 
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Precisa ter fé em Deus para chegar onde estou