Written by Gilberto Passos Gil Moreira
D A7 D Eu tive um sonho que eu estava, certo dia A7 D A7 D D7 Num congresso mundial discutindo economia G D7 G Argumentava em favor de mais trabalho D7 G D7 G Mais emprego, mais esforço, mais controle, mais valia A D Falei de pólos industriais de energia F# Bm G A G A7 Demonstrei de mil maneiras como que o país crescia D A7 D E me bati pela pungência econômica A7 D A7 D D7 Baseada na tônica da tecnologia G D7 G Apresentei estatísticas e gráficos D7 G D7 G Demonstrando os maléficos efeitos da teoria A G D Principalmente a do lazer do descanso F# Bm G A G A7 Da ampliação do espaço cultural da poesia D A7 D Disse, por fim, para todos os presentes A7 D A7 D D7 Que o país só vai pra frente se trabalhar todo dia G D7 G Estava certo de que tudo que eu dizia D7 G D7 G Representava a verdade pra todo mundo que ouvia A G D Foi quando um velho levantou-se da cadeira F# Bm G A F#m B7 E saiu assoviando uma triste melodia E B7 E Que parecia um prelúdio baquiano B7 E B7 E E7 Um frevo pernambucano, um choro de Pixinguinha A E7 A E no salão, todas as bocas sorriam E7 A E7 A Todos os olhos me olharam, todos os homens saíram B7 A E Um por um, um por um G#m C#m F#m B7 Um por um, um por um E B7 E Fiquei ali naquele salão vazio B7 E B7 E De repente senti frio e reparei que tava nu A E7 A E despertei assustado e ainda tonto E7 A E7 A Me levantei, fui de pronto na calçada ver o céu azul B7 A E Os operários e escolares que passavam G#m C#m A B7 Davam risada e gritavam: Viva o índio do Xingu! E Viva o índio do Xingu! E7 A Viva o índio do Xingu! B7 Viva o índio do Xingu! E E7 Viva o índio do Xingu! A Viva o índio do Xingu! B7 Viva o índio do Xingu! E Viva o índio do Xingu!