Elomar Figueira de Melo

Desafio - Auto da Catingueira

Elomar Figueira de Melo

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Desafio - Auto da Catingueira

Written by Elomar Figueira de Melo

	  		Cantador do Nordeste (Xangai) 
  
G 
Sinhores dono da casa  
o cantadô pede licença  
                  C 
prá puxá a viola rasa  
                   G 
aqui na vossa presença   
                    C 
venho da banda do Norte  
                    Am 
cum pirmissão da sentença  
                    C 
cumprino mia sina forte 
                 m  
já por muitos cunhicida  
buscano a inlusão da vida  
                 Bm 
ou os cutelo da morte  
                  C 
e das duas a prifirida 
    A7             E7 
a qui mim mandá a sorte. 
 
G D Em  G D Em  G D Em  
 
E7 
Já qui nunciei quem sô  
dêxo meu convite feito  
pra qualqué dos cantadô  
do qui se dá pur respeito  
aqui qui pru acaso teja  
        A7            E7 
nessa função de aligria                        
e prá qui todos me veja  
       A7          E7 
pucho alto a cantoria  
                Bm 
nessa viola de peleja  
                     A7 
qui quano num mata aleja  
     Bm         E7   
cantadô de arrilia  
G 
só na iscada dua igreja  
labutei cua duza um dia  
cinco morrêro d'inveja  
treis de avêcho, um de agunia  
matei os bichos cum mote 
                      Bm  
qui já me deu treis muié 
                    Am  
é a história dum cassote  
cum cuati e cum saqué  
o cassote com um pote  
                  A7 
cuô pru cuati um café 
 C                A7  
iantes ofreceu um lote  
 C                A7 
num saco prá o saqué 
 C               A7  
o saqué secô o pote  
 C                  A7 
dexô o cuati só cua fé  
 C                    A7 
di qui dentro do tal pote 
 C                 A7  
inda tinha algum café 
 C                  A7  
e xispô sambano um xote 
 C               A7  
o inxavido do saqué  
 C                    A7 
qui cuati quá qui cassote 
 C                       A7  
boto o bicho e bato um bote 
 C                   E7  
o qui é qui o saqué qué  
 
G               C 
iantes porém aviso  
                 A7 
sô malvado num aliso 
                       G  
triste ô feliz é o cantadô 
                        A7  
queu apanhá prá dá o castigo 
    Bm              C  
apois quem canta cumigo 
      A7            Em  
sai difunto ô sai dotô.  
 
G D Em  G D Em  G D Em 
 
 
Tropeiro (Elomar) 
  
E7 
Sinhô cantadô chegante  
Me adisculpa o tratamento  
Nessa hora nesse instante  
       A7             E7 
Mêrmo aqui nesse momento  
Tá um cantô sinificante  
Sem fama sem atrivimento  
Qui num é muito falante  
                     Bm 
Nem de muito cunhicimento  
         E7         
Mais prá titos e valintia  
        A7           E7 
Só trais ua viola na mão  
Falta o iluste cumpanhêro  
                 A7 
Marcá o lugá da prufia 
       E7          A7  
Se lá fora no terrêro 
                  E7  
Ô aqui mêrmo no salão.  
 
 
Cantador (Xangai)  
 
G 
Vamo logo mão a obra  
          C         G 
Dexa as bestage de lado  
qui a lua já feiz manobra  
         C         G 
No seu campo alumiado  
Vosmicê qui sois daqui  
      C          G 
Vai dexano ispilicado  
As moda dos cantori  
          C         G 
Qui lhe é mais agradado 
                  G7/D  
Se vamo cantá o moirão  
O martelo ô a tirana  
Ô a ligêra sussarana  
Parcela de mutirão  
Ô intonce ao invéis  
A obra de nove peis  
De oite sete ô seis  
Ô se deiz pés em quadrão  
Vamo logo mão a obra  
Dêxa esas coisa de lado  
Vamo cantá no salão  
             C 
Tô mais riuna qui a cobra 
             A7          Bm  
Qui trais no rabo incravado  
                    G 
Um invenenado ferrão.  
 
 
Tropeiro (Elomar)  
 
E7                  A7 
Apois sim tá certo vamo 
        E7         Bm  
Cantá qualqué canturia             
Num me deito nem me  
   E7 
Acamo  
      A7          E7 
Prá arrotá sabiduria 
               A7  
Vamo cantá meu amigo 
        Bm        E7  
As moda qui tô chegano 
                       A7  
Num corremo assim o pirigo 
       Bm           E7  
De tá sempre ispilicano  
                    Bm 
Prêsse povo qui eu digo 
  A7         E7  
Inducado iscutano                       
Apois prá intendê parcela 
         A7   
Martelo ô côco tirana  
   E7                C 
Tem qui baté mil cancela 
        Bm            E7  
Na istrada dos disingano  
                 A7 
E ainda purriba tem  
     C     A7        Em 
Qui sabê sofrê e isperá  
                     A7 
Mêrmo sabeno qui num vem 
    C              Bm  
As coisa do seu sonhá  
Na istrada dos disingano  
 C                   A7 
Andei de noite e de dia 
     C               A7  
A pois sim tá certo vamo 
  Bm                 E7  
Cantá qualqué canturia.  
 
 
Cantador (Xangai) 
  
E7 
Na istrada dos disingano  
Andei de noite e de dia  
Inludido percurano  
                    G 
Aprendê o qui num sabia  
Quando eu era moço um dia  
Arrisulví sai andano  
Pula istrada da aligria  
               A7 
A aligria percurano  
Curri doido atrais dela 
                G  
Entrô ano saiu ano 
 
                     C  
Bati mais de mil cancela  
      Bm               E7   (2 vezes) 
Na istrada dos disingano   
 
Cantador (Xangai) 
  
E7 
Todo cantadô errante  
Trais nos peito ua marzela  
Nas alma lua minguante  
                     G 
Istrada e som de cancela  
G                  C 
Fonte qui ficô distante 
      A7            G  
Qui matava a sêde dela 
                      Bm  
E o coração mais discrente 
    G            E7  
Dos amô da catinguêra  
                 Bm 
Ai o amô é ua serepente  
      A7             G 
Esse bicho morde a gente 
      A7           G  
Vamo pois cantá parcela 
A7   E7  A7   E7  A7    E7 
Daindá,   daindá,   daindá  
 
Tropeiro (Elomar)  
 
E7 
Eu sô cantadô de côco  
Eu num canto parcela 
             Bm 
Parcela é feiticêra 
                   A7  
Eu corro as légua dela  
            E7 
Ai, ai, ai, ai,  
G              G7/D 
Chegano num lugá  
             A7 
Adonde têja ela  
                C 
Eu vô me adisculpano 
              G  
E dano nas canela 
A7   E7  A7   E7  A7    E7 
Daindá,   daindá,   daindá  
 
E7 
Cunhici um cantadô  
Distimido e valente  
Qui mangava do amô  
                      G 
E zombava a fé dos crentes  
                  G7/D                             
Mais um dia ele topô                          
Nos batente dua jinela 
 C7            Em 
Com o bicho do amô  
C       A7         G 
Mucama pomba e donzela 
G7/D               
E o cantadô aos poço 
                     A7  
Foi se paxonano pru  ela 
C                   Bm  
Inté qui um dia ficô lôco 
C                 A7  
De tanto cantá parcela 
        C                  
E hoje véve pela istrada 
    A7             C  
Rismungano qui a culpada 
        A7          E7  
Foi a mucama da jinela 
A7   E7  A7   E7  A7    E7 
Daindá,   daindá,   daindá  
  
                   E7 
Eu sô cantadô de côco  
Apois quem canta parcela 
                C  
Corre um risco São Francisco  
       Bm           E7 
Morre doido cantano ela  
A7   E7  A7   E7  A7    E7 
Daindá,   daindá,   daindá  
 
 
 
(Fragmentos do 5º canto: Das Violas da Morte,  
do Auto da Catingueira) 
_________________________________________05JUL2005 
Colaboração: Marcos Aurélio Dias Barbosa 
Itaporé/Vale do Jequitinhonha ? Brasil 
[email protected] 
 

		  

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