Poema À Moça Da Janela

	  		
Dm 
Morena quando te vejo 

Palanqueada na janela 
                    C 
Fico floreando a barbela 
                     Dm 
Mordendo a perna do freio 
                A 
E desinquieto pateio 
               D   D7 
Enredado num olhar 
                  Gm 
Sou pingo do teu andar 
A                    Dm 
Pra carregar teus anseios. 

Dm 
E quando um sorriso esboças 

Carregado de promessas 
                      C 
É o próprio céu às avessas 
                    Dm 
Com tormentas e lampejos 
                    A 
E um temporal de desejos 
                      D    D7 
Vem respingar no meu toso 
                    Gm 
Levando um rosto mimoso 
 A                      Dm 
Junto a meus sonhos andejos. 
                    Gm 
Levando um rosto mimoso 
 A                      D 
Junto a meus sonhos andejos 

D 
Noite alta, quando cruzo 
                        A 
Nesse rancho onde te abrigas 

Da alma vertem cantigas 
                      D 
Rastreando rimas de prata 
D7             G 
O coração bate pata 
C                    D 
Corretiando ao Deus dará 
Bm             Em 
E a janela ali está 
A               Dm 
Como a pedir serenata 

Dm 
Guitarreia o meu silêncio 

Em muda e louca seresta 
                      C 
Na janela, em cada fresta 
                    Dm 
Mil ouvidos a me escutar 
                     A 
Por certo estás a sonhar 
                    D      D7 
Alma leve solta ao vento 
                     Gm 
Eu queria estar aí dentro 
A                 Dm 
Para te ouvir ressonar 

Dm 
Amanhã, um outro dia 

Andarei longe da querência 
                     C 
Reculutando uma ausência 
                   Dm 
Que ficou de sentinela 
                    A 
Quero ver os olhos dela 
                   D     D7 
Quando retornar do povo 
                      Gm 
E lá estará a moça de novo 
A                Dm   D 
Na moldura da janela